O Brasil tem uma cultura carnavalesca. As motivações midiáticas só fortalecem um sentimento bem arraigado no inconsciente coletivo. O nosso povo tem uma tendência lúdica que germina com qualquer motivação festiva. Isto é bom? O juízo de valor pode ser particular, mas que este não venha ferir o que é comum. No período do carnaval o que observamos é que, o êxtase dos foliões, com suas peculiaridades, são representações duma psicologia das multidões que confunde o que é individual.
Na multidão, o particular desaparece e, aí, ganham força os riscos advindos do irracional comunitário. Os festejos carnavalescos têm essa forma encantadora de ser vivido o incomum. Este se fortalece quando o diferente é animado na totalidade. Por isso que, o que pode ser encanto subjetivo tornar-se-á risco individual na prática e nas conseqüências. O anonimato do indivíduo não anula as suas inclinações. Os desequilíbrios e vícios, pela informalidade circunstancial, serão alterados pela sonoridade e tipicidade musicais, o alto índice de consumo de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas, o imediatismo das relações que “ficam” sem encantamentos.
A experiência da alegria é uma dádiva do Criador. Todos têm direito a ela. O que é celebrado nos vários recantos do nosso país é bom, como manifestação pública do desejo humano de “estar” feliz. Mas a responsabilidade deve ser uma exigência; pois, o carnaval é um meio de realização da identidade humana como ser social. Neste, os interesses comuns também estão em jogo. Os riscos que surgem no carnaval normalmente estão ligados ao que vem dos interesses econômicos e a falta de educação para a verdadeira finalidade das festas, que é a vivência da dimensão lúdica do humano. A paz, a concórdia, a amizade, o respeito, a dança e a magia devem fazer parte deste tempo. É necessária a devida formação para o exercício destes comportamentos.
Outro grande risco deste período são as doenças sexualmente transmissíveis, dentre elas a Aids. A sífilis também surge como das grandes ameaças que deve ser prevenida pela maior das atitudes preventivas, que é a liberdade vivida com amor, pelo amor e no amor, que implica fidelidade e respeito ao outro. Por exemplo, esta última pode ser transmitida através do beijo. Ouvimos, amiúde, depoimentos de pessoas se vangloriando que beijaram vários outros em períodos de carnaval. E daí?! Um dos maiores desafios dos formadores das juventudes, mui especialmente dos pais, é orientar às futuras gerações para agirem com consciência de que suas atitudes implicam responsabilidades.
Por fim, que nestas festas carnavalescas de 2011, os muitos participantes se divirtam em paz e ponderando que tudo nos é permitido; porém, nem tudo nos convém. Se confraternizem com vossas famílias e amigos, sem esquecer o imenso amor que Deus tem por cada um. Sejam felizes hoje e sempre! Assim o seja!
sábado, 5 de março de 2011
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