Nos aproximamos da celebração do Natal. A História da Humanidade, para quem crê, tem um ponto de plenitude. O amor é agora não só sentido, mas encarnado. A vida toma sua verdadeira dignidade. O parâmetro é a abundancia dela para todos. Se isto não acontece, Deus aí não está; e se Ele aí não está a dignidade humana fica comprometida.
Quando falamos sobre o Natal, nem sempre lembramos da pessoa do pobre. Este comportamento deveria nos levar a profundos questionamentos. Jesus Cristo nasceu e viveu no meio dos pobres. Demonstrou por eles um amor preferencial, sem ser exclusivo. Devemos ter claro este perspectiva, principalmente se lemos o Evangelho como Boa Notícia que é anunciada para salvação de todos.
O que de fato queremos considerar é o pobre excluído socialmente. Aquele que não goza dos bens que estruturalmente deveriam ser de todos e para todos. O que passa fome, o sem saúde de qualidade, o dependente químico, o desempregado, o que não tem moradia, enfim, o que não tem seus direitos sociais garantidos.
O que será tido como dilema é que uma preocupação com o pobre, que dispensa sua fundamentação cristocêntrica, nos levará a uma ação social sem alma. Deve nos ajudar a refletir o testemunho deixado por grandes santos da Igreja, que viveram essa opção e foram sinais para o mundo de experiências que verdadeiramente marcaram a história ocidental no seu tempo até nossos dias. Quem nega o que representou a ação de Madre Teresa de Calcutá para o mundo atual? A pessoa de irmã Dulce? Estas santas foram pessoas profundamente apaixonadas por Jesus Cristo. Fizeram muito mais do que muitíssimos representantes públicos, sem ter os mesmos recursos que estes.
Jesus tinha um programa de vida que promovia a liberdade e vida para todos, a saber: “o Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc. 4,18-19). O tempo de Cristo é bom para todos. A ética cristã não se contenta com a integração de alguns. O aqui e agora é o verdadeiro momento da ação de Deus. O resto é responsabilidade humana.
Por fim, que sejam fortalecidos em nossos corações os sentimentos de partilha e solidariedade para com os mais pobres dos pobres. Feliz Natal para todos e um Feliz Ano Novo! Assim o seja!
sábado, 17 de dezembro de 2011
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