O papa Paulo VI certa vez afirmou que uma questão preocupante é que o homem moderno perdeu a consciência do pecado. Esta inquietação é de suma relevância a compreensão do sentido da vida para o homem Posmoderno. Este, por sua vez, perdeu os referenciais institucionais. Só que sua historicidade exige uma relação autoconfirmadora da identidade social. A Igreja católica é uma instituição que existe para evangelizar. O mesmo pontífice relaciona a dinâmica da evangelização com a promoção humana. A Igreja é perita em humanidade. Isto porque o divino se fez homem para que o homem pudesse ser divino, e este mesmo homem é chamado diariamente à conversão.
Atualmente as “minorias” têm muitos recursos para fazer suas manifestações. Elas querem criar uma nova ordem sistêmica. Como este cenário, vale a pena uma visualização apocalíptica! Muitos cordeiros serão imolados, porque se busca respeito, mas respeitar que é bom, nem pensar! Aliás, quem não se respeita e nem tem auto-estima nunca será capaz de acolher também o diferente! Depois daquela frase da jovem paulista pedindo para que alguém matasse um nordestino, o tema sobre o preconceito veio novamente à tona. Mas como negar que todo mundo tem “pré-conceitos”. Esta tendência faz parte da contingencialidade humana. O homem precisa ser lobo do outro homem; o outro será sempre o seu inferno; se existe o evolucionismo biológico, o social será uma realidade do transcendente para o transcendental. Todo mundo tem esses pressupostos, que normalmente são gnosiológicos, subjetivos e, por isso, culturais. Niklas Luhmann (autor alemão) analisa a evolução de ordens sistêmicas que evolutivamente dão sentido e se constroem na História. Estamos passando por uma nova metamorfose cultural, mesmo sem uma configuração identificada do tipo de construção civilizatória que queremos. O que os filósofos da ciência chamaram de paradigmas, os da área de humanidades ressignificaram para falar que está sendo travestido o que é humano e sempre demasiadamente humano. A única realidade que pode identificar ela mesma é o próprio ser humano. Todas as pessoas merecem respeito, todas! Suas tradições, seus costumes, seus valores, sua história, seus ideais... Este conflito no Estado de Direito sempre vai existir. Mas se vivemos numa democracia, como conceber que uma minoria sufoque o que é próprio da maioria?! O que se sabe é que tem muito dinheiro rolando por trás destes movimentos. Os defensores dos direitos das minorias, que verdadeiramente merecem todo respeito porque são filhos de Deus, se utilizam bem destas “oportunidades” para angariar muitos recursos e que nem sempre são aplicados como realmente deveriam. Os homossexuais, travestis, lésbicas e outros, sem perceber, muitas vezes são usados para manter a situação satisfatória de muitas pessoas sem escrúpulos e princípios éticos. Ninguém diga que reunir pessoas que são usadas como fantoches para que alguns sejam promovidos parasitariamente é o que vai levar dignidade a uma pessoa que por questões biológicas, sociais ou psicológicas tem um modo de viver diferente e que necessita de acolhimento, antes como filho(a) muito amado(a), apesar de seu pecado! Todos os seres humanos têm uma tendência para praticar o mal, todos! Isto não é um privilégio de quem é branco ou negro, hetero ou homo, rico ou pobre etc, mas Cristo morreu por todos. Isto não é fundamentalismo religioso e, quiçá, possa ser! Quem não tem fundamentos, quem é e o que é? Quem poderia dizer diferente que o diga... Mas os elementos estão postos e quem tem outros pontos de vista porque não os defende com honradez e honestidade? Não respeita mais os outros? Por que violenta os sentimentos religiosos e íntimos dos demais?
Homofóbico é quem não diz ao homossexual e outras minorias que eles precisam ter mais hombridade, porque são dignos filhos de Deus e podem ser reconhecidos pelo trabalho; pela busca de educação; pela competência; pelo amor a família e etc, e não pela vulgaridade; violência; desrespeito pelos valores dos outros, também; ou se esquecem disto!?
Por fim, busquem seus direitos, porém, não esqueçam de respeitar o que é dos outros! Uma ordem que se pretende humana, nunca maltratará o que verdadeiramente humano. Tem muito mercenário se dizendo protetor das causas quase impossíveis. Cuidado! Diga com quem andas que todos vos dirão quem és... Assim o seja!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Quem é homofóbico?
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O Papa e os preservativos
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Nestes últimos dias surgiram divulgações e comentários jornalísticos em torno da resposta do Santo Padre, O Papa Bento XVI, o qual ao ser indagado sobre a questão do uso dos preservativos declara: “É obvio que ela (a Igreja) não os vê como uma solução real e moral. Não obstante, em um ou outro caso, podem ser, ‘na intenção de reduzir o perigo de contágio’, um primeiro passo no caminho rumo a uma sexualidade mais humana” (cf. Zenit). Contudo, muito mais relevante para compreensão do pensamento do Pontífice é o que ele afirma sobre o significado da sexualidade: “O importante é que o homem é alma e corpo, que ele é ele mesmo enquanto corpo e que, por isso, é possível conceber o corpo de forma positiva e a sexualidade como um dom positivo. Através dela, o homem participa da condição criadora de Deus. Encontrar esta concepção positiva e cuidar desse tesouro que nos foi dado é uma grande tarefa” (Idem). Estas questões podem ser lidas no livro “Luz do Mundo”, que segundo o autor, Peter Seewald, o papa apresenta um amplo “panorama”, em seis horas de entrevista realizadas em junho passado, em Castel Gandolfo, na residência de verão dos pontífices.
O que o papa disse em hipótese alguma fere o que é magistério eclesiástico. O bombardeio jornalístico focou a atenção muito mais no uso da camisinha do que na afirmação do pontífice sobre o sentido da sexualidade. Sem dúvida, com um teor de ideologia da ditadura do relativismo Posmoderno, foi imediatamente traçado uma massificação das palavras do pontífice para que o uso das “sacolas de plástico” possa passar a ser visto, paulatinamente, como a solução para os reais problemas que afligem a vivência da sexualidade, que “é uma componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano. Esta capacidade de amor como dom de si tem, por isso, uma encarnação no caráter esponsal do corpo, no qual se inscreve a masculinidade e a feminilidade da pessoa. (...) A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana. Quando tal amor se realiza no matrimônio, o dom de si exprime, por intermédio do corpo, a complementaridade e a totalidade do dom; o amor conjugal torna-se, então, força que enriquece e faz crescer as pessoas e, ao mesmo tempo, contribui para alimentar a civilização do amor; quando pelo contrário falta o sentido e o significado do dom na sexualidade, acontece uma civilização das coisas e não das pessoas; uma civilização onde as pessoas se usam como se usam as coisas. No contexto da civilização do desfrutamento, a mulher pode tornar-se para o homem um objeto, os filhos um obstáculo para os pais” (cf. sexualidade humana: verdade e significado, 10).
A assertiva do pontífice deverá ser interpretada tendo-se em vista questões urgentes e circunstanciais. A sexualidade não perde sua finalidade de ser meio de realização da pessoa humana. A vivência da sexualidade implica doação e integração total. Por sinal, uma das características de pessoas que vivem uma sexualidade desumanizada é desequilíbrio psicossocial. Basta conversarmos com pessoas que têm esta vivência. Mas não deveria ser o contrário!? Só que não é. Pela sua significância para realização humana, a sexualidade só é meio de satisfação psicoafetivamente e conseqüentemente, potencialidade criadora da Civilização quando tem sua intenção finalística plenamente respeitada.
Por fim, que a experiência do amor seja a qualidade inerente às relações sexuais e que, assim sendo, tudo possa ser um sinal deste amor do Criador. Assim o seja!
O que o papa disse em hipótese alguma fere o que é magistério eclesiástico. O bombardeio jornalístico focou a atenção muito mais no uso da camisinha do que na afirmação do pontífice sobre o sentido da sexualidade. Sem dúvida, com um teor de ideologia da ditadura do relativismo Posmoderno, foi imediatamente traçado uma massificação das palavras do pontífice para que o uso das “sacolas de plástico” possa passar a ser visto, paulatinamente, como a solução para os reais problemas que afligem a vivência da sexualidade, que “é uma componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano. Esta capacidade de amor como dom de si tem, por isso, uma encarnação no caráter esponsal do corpo, no qual se inscreve a masculinidade e a feminilidade da pessoa. (...) A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana. Quando tal amor se realiza no matrimônio, o dom de si exprime, por intermédio do corpo, a complementaridade e a totalidade do dom; o amor conjugal torna-se, então, força que enriquece e faz crescer as pessoas e, ao mesmo tempo, contribui para alimentar a civilização do amor; quando pelo contrário falta o sentido e o significado do dom na sexualidade, acontece uma civilização das coisas e não das pessoas; uma civilização onde as pessoas se usam como se usam as coisas. No contexto da civilização do desfrutamento, a mulher pode tornar-se para o homem um objeto, os filhos um obstáculo para os pais” (cf. sexualidade humana: verdade e significado, 10).
A assertiva do pontífice deverá ser interpretada tendo-se em vista questões urgentes e circunstanciais. A sexualidade não perde sua finalidade de ser meio de realização da pessoa humana. A vivência da sexualidade implica doação e integração total. Por sinal, uma das características de pessoas que vivem uma sexualidade desumanizada é desequilíbrio psicossocial. Basta conversarmos com pessoas que têm esta vivência. Mas não deveria ser o contrário!? Só que não é. Pela sua significância para realização humana, a sexualidade só é meio de satisfação psicoafetivamente e conseqüentemente, potencialidade criadora da Civilização quando tem sua intenção finalística plenamente respeitada.
Por fim, que a experiência do amor seja a qualidade inerente às relações sexuais e que, assim sendo, tudo possa ser um sinal deste amor do Criador. Assim o seja!
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