A vida nos ensina. A nossa história é sempre a nossa maior mestra. Quem não aproveita os desencontros para crescer e amadurecer ficará sempre esperando as migalhas dos porcos. Alguns, depois de tantas decepções por causa de suas anomalias, preferem as depreciações e companhias do mal. Precisamos repensar o que significa a presença do maligno. Essa questão que passa necessariamente pelo discurso religioso, que ressurge com toda força e potência nos vários recantos do mundo, tem uma efervescência subjetivada e objetivada devido à crise pela qual passa o Homem posmoderno no tocante ao sentido da vida, instigado e magoado pela mentalidade secularizada, na América Latina e especificamente no Brasil.
Quem se acompanha com bandido e cede às suas chantagens mais cedo ou mais tarde será vitimado por ele. O mal não tem o que perder. Ele sobrevive da desgraça dos outros. Quem pactua com ele, ou ela, está fadado a sofrer profundamente. Ele não tem o que oferecer a ninguém. Quando o faz, com certeza, matará quem o sustenta para sugar outra presa. Infelizmente quem adere às ciladas dos discípulos de satanás não pára para rever a caminhada. Continua maquinando a destruição e infelicidade dos outros. A leitura psiquiátrica é que este tipo de gente é psicopata ou, mais propriamente, um doente mental. Sua ânsia de fazer o mal é continuada. Uma das características destes legionários é que ninguém se aproxima deles por amor. As suas relações são sempre pautadas pela ambição, mentiras, violência, covardia, desonestidade, intrigas, inveja, ganância e por fim a morte e perpétua morada no inferno.
Ele busca o poder e o dinheiro a qualquer preço. Nada o satisfaz. Como filho da mentira, ele só possui a falsidade para parecer alguém. O seu vômito é calúnia, difamação e o perjúrio. Suas maquinações buscam seus interesses a todo custo. Não poderia ser diferente. Sua vida é uma continua farsa. O seu norte é o nada; e para quem já leu o autor de “O Ser e Nada”, a náusea deveras é causada pelo nada. O conteúdo do finito sem o infinito e vice-versa. Onde ele está, o caos se aproxima e tenta tomar posse de tudo para destruir sem nunca poder construir.
Mas existe algo emblemático que os filhos de Deus não podem esquecer é que “o mal por si se destrói”. O maior inimigo do maligno é ele mesmo e quem o acompanha. Basta observarmos. Ele não tem identidade. Vive em função dos outros. Ele só procura destruir porque tem consciência da total rejeição que o bem tem a ele. O Bem renega o maligno (cf. Lc 4,1-13; Mt 4,1-11 e Mc 1,12-13). Ele (O Sumo Bem) não aceita suas investidas, suas tentações no intuito de dominar, manipular e escravizar as massas para sugar seu sangue, que garantir-lhe-á muito dinheiro.
Mas quem está na companhia do Senhor jamais desistirá; pois Jesus Cristo rogou a Ele o seguinte: “eu não te peço que os tire do mundo, mas que os guarde do Maligno” (cf. Jo 17,15). Assim o seja!