Nós ainda não estamos em período de campanha para o governo do Estado. Tudo parece tão calmo na nossa região que se pensa que os votos dos habitantes desta porção do povo potiguar nem tem tanto valor. Me parece que no momento as querelas dos espaços políticos giram mais em torno da derrubada do Machadão. Mas é assim; há aqueles que são a favor e aqueles que são contra. Quem estiver lendo o que escrevo, pode dizer que não acrescentei nada à Babel das ideologias jornalísticas e marketeiras; contudo, o que quero dizer é que todos têm seus interesses e quem tiver mais poder econômico é que levará a vantagem. Sendo que toda boa política não prescinde da discussão, precisamos continuar dizendo o que pensamos e o que acreditamos. Por isso, ratificamos que a política tem por finalidade buscar o Bem Comum; e não os interesses de políticos corruptos e omissos diante de desafios tão prementes. Citei a situação tão debatida das questões da Copa; mas, os problemas urgentes do nosso Estado não podem ser no momento só este; como também, as enchentes do Vale do Assu, os problemas da segurança pública, o caos da saúde, a acefalia estrutural da educação, a maldita corrupção dos políticos que são causa de opressão das classes menos favorecidas das nossas comunidades e, ainda, contudo não menos importante, “a situação das estradas da região Agreste”.
O contexto é decadente. As estradas estão esburacadas. Nalgumas delas já há travessias de torrentes d’água. Acidentes acontecem por causa dos desvios que os motoristas têm que fazer para evitar as ‘bocas de pilão’ que danificam os carros velhos que para muitos pais de família são a única fonte de renda para o sustento de seus dependentes. Pode haver algum demagogo que talvez queira alegar que as rodovias ainda não foram refeitas por causa das chuvas. Mentira! Já faz muito tempo que as estradas estão precisando de concertos. Como para eles pouco interessa; pois a maioria deles não mora nesta região e quando aparecem vem bem motorizados nos seus belos e confortáveis carros, os solavancos e desvios perigosos não importam. Mas quando for o tempo da campanha para o governo do Estado estarão eles a sofismar e a enganar as pessoas que infelizmente são ludibriadas com promessas falsas que são expressão da incompetência humana dos que se dizem representantes da vontade popular. Há que se ressaltar que muito mais se é gasto pelo Estado e municípios nos reparos dos carros que são bens públicos. As ambulâncias, os carros da polícia, os ônibus dos estudantes e outros meios de transportes locados pelos próprios municípios por causa dos programas do governo federal, que também são extraviados. Conseqüentemente, outro elemento que se detecta é a falta de capacidade administrativa da grande maioria.
Neste caso o interesse é de toda a região; por isso, deve haver uma articulação política de todos os prefeitos destas cidades junto ao governo do estado e aos demais representantes políticos deste setor, para que este problema que nos assola seja resolvido. Não esperem para gritar e desastrosamente tomarem alguma atitude no tempo das eleições. É sinal de muita mediocridade. O problema exige uma providência imediata e que seja um trabalho bem feito, sem super faturamento de obras, que fazem com que em pouco tempo as estradas estejam na mesma situação.
Por fim, “quem está contra o bem do povo está pecando contra a confiança que lhe foi depositada. Esperamos que haja uma vontade política que, um dia, possa gerir com dignidade e justiça o Bem Comum. O povo desta região também tem seus direitos e precisam ser respeitados. 300 Milhões de dólares serão gastos para que 2 jogos da Copa sejam em Natal, em 2014. Que as nossas estradas também possam ser vistas como uma prioridade dos nossos governantes. Assim o seja!