Os profissionais de hoje precisam buscar a excelência. Todas as pessoas que têm consciência do seu papel como agentes sociais devem se sentir impulsionados a aperfeiçoarem-se mais e mais. O mundo competitivo exige isto dos membros das várias instituições e organizações empresariais. Quem não se atualiza fica a margem das poucas opções de trabalhos que são oferecidos pelo sistema. O que possibilita uma reflexão sobre a questão é uma olhada microscópica sobre a conjuntura mercadológica.
O mercado se alimenta da compra-venda de mercadorias e da competitividade. Ultimamente, outrossim, com a crise econômica mundial se mostrou que a especulação financeira é a mais recente mão invisível do sistema capitalista. Mediante o mundo virtual a força do poder econômico comandou as rédeas das transações monetárias que agora se injetam como se fossem um mundo a parte das reais condições de atividades da humanidade.
Neste processo de contínuo progresso rumo ao encontro com deus do ter, as pessoas se tornaram objetos de todos os mecanismos de sustentação deste "Zeus" da Posmodernidade.
Os pensadores logo hão de começar a escrever e a falar sobre este novo elemento que caracteriza as artimanhas deste mundo que é globalizado pelos meios de comunicação, que relativiza o que é absoluto, que imanentiza o transcendente, que transforma o finito em infinito, que desvaloriza o que é de valor, que destitui para se destituir.
Para se sentir seguro, mesmo que não o seja, estes vários artífices correm continuamente pela forma mecanizada. Não humanizada e humanizadora. Eis o problema. O que dificulta uma realização progressista da humanidade é justamente esta falta de perspectiva futura, que não se confunde com o imediatismo feiticista, mas com a própria esperança humana de encontrar a plenitude da existência. Por isso, a formação do homem posmoderno é marcada pela tentativa de ter a excelência, mesmo sem ser excelente. O que se elimina do ser humano é o sentido da sua própria dignidade que é a capacidade de amar para pensar e pensar para melhor amar. A formação permanente precisa recuperar este horizonte antropológico. Enquanto as várias instâncias educativas e institucionais pensarem a formação continuada com paradigmas da sistêmica mercadológica, o ser humano será reduzido mais e mais a simples especiaria.
Hoje a qualificação, sem dúvida nenhuma, precisa ser desejada; porém, que modelos epistemológicos e axiológicos são observados para que esta perfeição não se torne infrutífera para a própria condição humana? Como pensar que uma tão bem usada tecnologia especulativa serve para tornar bilionários a alguns e desempregados a milhões?!
Por fim, a importância da qualificação permanente tem que ser vista por todos como um valor vital. Precisamos nos preparar para a vida. Quem estuda para ser mais, em vez de só pensar em ter mais, será alguém que tem porque é feliz e não é feliz porque tem.
Nós temos o que é efêmero; justamente porque o temos. Quem sente o que tem, transforma o meio pelo que ama e tem tudo que ama. Sendo assim, encaremos este desafio de querer a excelência que trás vida plena e dignidade humana para os que são protagonistas da sua História. Assim o seja!
domingo, 21 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A identidade do presbítero
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vocação
Na sexta feira, na festividade do Sagrado Coração de Jesus, 19/06, foi aberto o ano sacerdotal. Por meio deste, o Santo Padre, Bento XVI, nos convida à reflexão sobre a identidade do presbítero como alguém que deve ter sua fidelidade sacerdotal unida à fidelidade de Cristo. Os sentimentos de Cristo devem ser a meta existencial de todo presbítero. “Tende um mesmo amor, um mesmo coração; procurai a unidade; nada façais por rivalidade, nada por vanglória, mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós, diz são Paulo (Fl 2,2-3)”. O que qualifica a vida e o ministério dos demais discípulos de Jesus, não é diferente do que dignifica a vida dos presbíteros.
"Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote". Mas a quem se devota esta fidelidade? O próprio Jesus nos dá a resposta ao orar: “Meu Pai, se é possível, esta taça passe longe de mim! Todavia, não como eu quero, mas como tu queres! (Mt 26,39)”. A nossa fé é provada quando somos chamados a viver a vontade do Pai. Não existe fidelidade sem amor. O presbítero só conseguirá ser fiel a Deus se tiver consciência do amor com o qual é amado pelo Pai, como o Filho o tinha (Jo 17,23.26). Só mesmo o amor permanece, por Jesus, no coração do presbítero, que em meio às “tribulações persevera e, por causa disto, tem sua fidelidade provada, a fidelidade provada, a esperança; e a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,4-5)”. A Fé é a condição sem a qual a identidade do presbítero não se manifestará. O homem consagrado ao serviço dos demais membros do Povo de Deus tem que ter esta virtude teologal. Mesmo sendo um dom infuso por Deus à pessoa, este não dispensa a nossa liberdade. A Fé envolve o ser humano em sua condição existencial e categórica. O ser presbiteral acontece no momento atual; pois este faz parte do tempo qualificado de Deus. A fidelidade do presbítero não foge da forma divina de revelar-se na vida da pessoa que está a serviço dos demais filhos de Deus. A oração sacerdotal de Jesus elucida o que pode ser a mediação do presbítero que age na pessoa de Cristo, cabeça e pastor da comunidade. Para quem quer ser fiel, acreditar no projeto de Deus é imprescindível. A fidelidade de Jesus ganha sua realização histórica porque ele acredita no projeto do Reino de Deus (Mc 1,14-15; Mt 4,12-17; Lc 4,14-15). Esse mesmo desígnio floresce misteriosamente, justamente porque é divino; mas nem sempre nasce e se reproduz, como uma semente, no coração daqueles aos quais foi anunciado (Mt 13,18-23; Mc 4,13-20; Lc 8,11-15). O passo objetivo para que o presbítero seja dócil a esta proposta de fidelidade é a escuta continua da Palavra de Deus. Por meio dela, o sacerdote solidificará a sua espiritualidade sacramental. O padre Karl Rahner dizia que o presbítero dos tempos atuais deveria ser, antes de tudo, um mistagogo, ou seja, alguém que conduz ao mistério. Mas aqui vem a questão: a graça do sacramento dispensa a natureza ou a humanidade do padre? Para a teologia católica, não. A pedagogia formativa da Igreja considera as dimensões humana, intelectual, espiritual e pastoral, que hoje são consideradas não só durante a vida seminarística; mas durante toda a vida do presbítero. Para a Igreja é importante que o padre seja Homem, em sentido pleno, mais propriamente: honesto, verdadeiro, justo, psico-afetivamente equilibrado, amante do estudo, consciente que precisa estar em permanente diálogo com a cultura, orante (eucarístico) e amigo de Jesus, sem dispensar o afeto de Maria Santíssima, e dedicado a todos aqueles que lhe são confiados, como servidor e não como aproveitador.
Por fim, para nós, presbíteros, este é um ano de Graça de Deus. Aproveitemo-lo! Façamos nossos exames de consciência e vejamos como estamos testemunhando o nosso sacerdócio. Ainda contamos com as orações e apoio do Povo de Deus, ao qual devemos servir com amor e sem temor. Assim o seja!
"Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote". Mas a quem se devota esta fidelidade? O próprio Jesus nos dá a resposta ao orar: “Meu Pai, se é possível, esta taça passe longe de mim! Todavia, não como eu quero, mas como tu queres! (Mt 26,39)”. A nossa fé é provada quando somos chamados a viver a vontade do Pai. Não existe fidelidade sem amor. O presbítero só conseguirá ser fiel a Deus se tiver consciência do amor com o qual é amado pelo Pai, como o Filho o tinha (Jo 17,23.26). Só mesmo o amor permanece, por Jesus, no coração do presbítero, que em meio às “tribulações persevera e, por causa disto, tem sua fidelidade provada, a fidelidade provada, a esperança; e a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,4-5)”. A Fé é a condição sem a qual a identidade do presbítero não se manifestará. O homem consagrado ao serviço dos demais membros do Povo de Deus tem que ter esta virtude teologal. Mesmo sendo um dom infuso por Deus à pessoa, este não dispensa a nossa liberdade. A Fé envolve o ser humano em sua condição existencial e categórica. O ser presbiteral acontece no momento atual; pois este faz parte do tempo qualificado de Deus. A fidelidade do presbítero não foge da forma divina de revelar-se na vida da pessoa que está a serviço dos demais filhos de Deus. A oração sacerdotal de Jesus elucida o que pode ser a mediação do presbítero que age na pessoa de Cristo, cabeça e pastor da comunidade. Para quem quer ser fiel, acreditar no projeto de Deus é imprescindível. A fidelidade de Jesus ganha sua realização histórica porque ele acredita no projeto do Reino de Deus (Mc 1,14-15; Mt 4,12-17; Lc 4,14-15). Esse mesmo desígnio floresce misteriosamente, justamente porque é divino; mas nem sempre nasce e se reproduz, como uma semente, no coração daqueles aos quais foi anunciado (Mt 13,18-23; Mc 4,13-20; Lc 8,11-15). O passo objetivo para que o presbítero seja dócil a esta proposta de fidelidade é a escuta continua da Palavra de Deus. Por meio dela, o sacerdote solidificará a sua espiritualidade sacramental. O padre Karl Rahner dizia que o presbítero dos tempos atuais deveria ser, antes de tudo, um mistagogo, ou seja, alguém que conduz ao mistério. Mas aqui vem a questão: a graça do sacramento dispensa a natureza ou a humanidade do padre? Para a teologia católica, não. A pedagogia formativa da Igreja considera as dimensões humana, intelectual, espiritual e pastoral, que hoje são consideradas não só durante a vida seminarística; mas durante toda a vida do presbítero. Para a Igreja é importante que o padre seja Homem, em sentido pleno, mais propriamente: honesto, verdadeiro, justo, psico-afetivamente equilibrado, amante do estudo, consciente que precisa estar em permanente diálogo com a cultura, orante (eucarístico) e amigo de Jesus, sem dispensar o afeto de Maria Santíssima, e dedicado a todos aqueles que lhe são confiados, como servidor e não como aproveitador.
Por fim, para nós, presbíteros, este é um ano de Graça de Deus. Aproveitemo-lo! Façamos nossos exames de consciência e vejamos como estamos testemunhando o nosso sacerdócio. Ainda contamos com as orações e apoio do Povo de Deus, ao qual devemos servir com amor e sem temor. Assim o seja!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
O namoro, experiência do encantamento.
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namoro
No dia 12 de Junho é comemorado o "Dia dos Namorados". Nas comunidades percebemos nossos queridos enamorados preparando-se para manifestar de modo singelo e belo, o encantamento existente para com a pessoa amada. Eles preparam-se de vários modos só para dizer ao outro que (este ou esta) é 'especial'. Claro que nós cristãos ficamos felizes com isso!
O namoro surge sempre como meio de preparação para a vivência harmoniosa e permanente duma vida a dois. Não se trata de um 'ficar'. Para aqueles que ebriamente celebram este dia com seus pares, observem o que de fato é para vocês comemorar este momento. Nada substitui uma experiência amorosa. Para nós cristãos ela começa no encontro com o próprio Deus. Pensemos nos místicos. O cristão é alguém encantado com o amor de Jesus. Nos presságios para a vida a matrimonial, o namorado e a namorada são pessoas extasiados com seu amado ou amada. Ainda, para nós, celebrar o "Dias dos Namorados" é sempre tempo de enfatizar a importância da família como comunidade formada por homens e mulheres enamorados por um amor integral e integrante de seres que biopsico e espiritualmente se completam.
Caros namorados, vivam vosso amor com alegria e na verdade do amor de Deus! Nós, que acreditamos no Evangelho, só queremos a vossa mais pura felicidade e daqueles que surgem como expressão genuína do vosso amor. Não banalizem o que para vós deve ser sublime. O que será do futuro da própria humanidade se os homens e as mulheres deixaram que a violência culturalista ideologizar o que é transcendental. O amor não fere o que é completamente humano. O jogo de marketing tenta atrofiar as reais condições de felicidade presente e futura dos homens e das mulheres.
No "Dia dos Namorados", além de pensar em trocar presentes, pensem sobre o significado deste dia. Digam aos vossos contemporâneos que vale a pena amar e ser amado por alguém. O flerte (o ficar) frusta a beleza de da presença constante da pessoa amada. Nós cristãos, dizemos que o namoro é fase de conhecimento e preparação para vida matrimonial. Este conhecimento é permanente. Quem vive no namoro como casado, não viverá o casamento como namorado! O exercício para a renúncia e o sacrifício da vida matrimonial começa, como expressão de maturidade sexual e afetiva, já no namoro. Surge aí, nesta fase o exercício para fidelidade. É comum os casos de sofrimentos da vida matrimonial, por causa das 'infidelidades'. Há muito desgaste da vida conjugal quando um dos cônjuges adultera. No "Dia dos Namorados" e em muitos outros momentos pensem sobre isto. Vos convido a fazer a leitura do da carta de São Paulo à comunidade de Corinto (1 Cor. 13,1-13). A banalização do simplesmente humano afetou a forma mais digna de relacionamento entre homem e mulher.
Para este Dia todos os enamorados são chamados a não temer o amor, porque Deus é Amor e quem permanece no amor permanece em Deus (1Jo). Porém, não esqueçamos que este amor tende a dar frutos de harmonia e paz. O amor verdadeiro propicia a paz entre os amantes. Por isso, caros namorados e namoradas, cultivem uma profunda espiritualidade. Casais que rezam juntos e buscam na dinâmica do Evangelho luz para seus passos já estar dando um grande passo para encontrar e encetar para onde estão se encaminhando. Não temam a felicidade porque ela bate vossas portas e precisa só que vós possais deixá-la entrar. A todos vocês, saibam que Jesus vos ama e feliz Dia dos Namorados!
O namoro surge sempre como meio de preparação para a vivência harmoniosa e permanente duma vida a dois. Não se trata de um 'ficar'. Para aqueles que ebriamente celebram este dia com seus pares, observem o que de fato é para vocês comemorar este momento. Nada substitui uma experiência amorosa. Para nós cristãos ela começa no encontro com o próprio Deus. Pensemos nos místicos. O cristão é alguém encantado com o amor de Jesus. Nos presságios para a vida a matrimonial, o namorado e a namorada são pessoas extasiados com seu amado ou amada. Ainda, para nós, celebrar o "Dias dos Namorados" é sempre tempo de enfatizar a importância da família como comunidade formada por homens e mulheres enamorados por um amor integral e integrante de seres que biopsico e espiritualmente se completam.
Caros namorados, vivam vosso amor com alegria e na verdade do amor de Deus! Nós, que acreditamos no Evangelho, só queremos a vossa mais pura felicidade e daqueles que surgem como expressão genuína do vosso amor. Não banalizem o que para vós deve ser sublime. O que será do futuro da própria humanidade se os homens e as mulheres deixaram que a violência culturalista ideologizar o que é transcendental. O amor não fere o que é completamente humano. O jogo de marketing tenta atrofiar as reais condições de felicidade presente e futura dos homens e das mulheres.
No "Dia dos Namorados", além de pensar em trocar presentes, pensem sobre o significado deste dia. Digam aos vossos contemporâneos que vale a pena amar e ser amado por alguém. O flerte (o ficar) frusta a beleza de da presença constante da pessoa amada. Nós cristãos, dizemos que o namoro é fase de conhecimento e preparação para vida matrimonial. Este conhecimento é permanente. Quem vive no namoro como casado, não viverá o casamento como namorado! O exercício para a renúncia e o sacrifício da vida matrimonial começa, como expressão de maturidade sexual e afetiva, já no namoro. Surge aí, nesta fase o exercício para fidelidade. É comum os casos de sofrimentos da vida matrimonial, por causa das 'infidelidades'. Há muito desgaste da vida conjugal quando um dos cônjuges adultera. No "Dia dos Namorados" e em muitos outros momentos pensem sobre isto. Vos convido a fazer a leitura do da carta de São Paulo à comunidade de Corinto (1 Cor. 13,1-13). A banalização do simplesmente humano afetou a forma mais digna de relacionamento entre homem e mulher.
Para este Dia todos os enamorados são chamados a não temer o amor, porque Deus é Amor e quem permanece no amor permanece em Deus (1Jo). Porém, não esqueçamos que este amor tende a dar frutos de harmonia e paz. O amor verdadeiro propicia a paz entre os amantes. Por isso, caros namorados e namoradas, cultivem uma profunda espiritualidade. Casais que rezam juntos e buscam na dinâmica do Evangelho luz para seus passos já estar dando um grande passo para encontrar e encetar para onde estão se encaminhando. Não temam a felicidade porque ela bate vossas portas e precisa só que vós possais deixá-la entrar. A todos vocês, saibam que Jesus vos ama e feliz Dia dos Namorados!
terça-feira, 9 de junho de 2009
Dia dos Namorados
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Nas nossas comunidades os casais de namorados, noivos e cônjuges, já se prepararam para celebrar o “Dia dos Namorados”. Claro que nós, como cristãos, vemos esta data como um momento muito especial. Toda família tem sua gênese no encontro e no enamoramento de um Homem e uma Mulher que se amam. A Humanidade se desenvolveu por causa desta comunhão biológica, psicológica e sociológica. Só mediante esta relação é que a totalidade e o sentido da condição humana se dinamizam e acontecem no tempo e no espaço. Graças a este tipo de interação a cultura dá forma à Civilização. Não existe desenvolvimento humano sem a presença do homem e nem, muito menos, sem a presença da mulher que se doam um ao outro para contribuir com a obra do Criador. Ele mesmo os criou a sua imagem e a sua semelhança (Gn 1,26-27). Quem nega esta constatação, ainda não encontrou outra possibilidade digna de razoabilidade e credibilidade bio-psico-social da existência humana. São conjecturas e sofismas que não respeitam paradigmas e modelos transdisciplinares. Nem tampouco, podem fazê-lo, pois a própria possibilidade científica seria vítima do que configura as buscas do poder da ciência na Posmodernidade, que é o Nihilismo revelado no vazio e no caos individual, coletivo e global.
Neste dia tão especial para todos os casais, a proposta continua sendo a da Palavra de Deus. “Quem ama nasceu de Deus e conhece a Deus (1Jo 4,7)”. Deus é a fonte do amor; por isso, quem quer e deseja a consistência do amor, alimenta o amor amante e o amor amado. Se sentimos o desejo do amor é porque a semente já está presente em nós. A possibilidade para a vivência coerente e transcendente do amor acontece quando esta virtude humana se radica naquela que é divina (1Cor 13,13). A pessoa por falta de discernimento confunde a paixão com o amor. Para os casais de namorados esta falta de percepção pode acarretar em sérios problemas de relacionamento no presente e, principalmente, no futuro. Isto porque a paixão é invejosa, impaciente, orgulhosa, ciumenta, inconveniente, interesseira, irascível, rancorosa, injusta, mentirosa, egoísta e luxuriosa; enquanto que o amor é paciente, é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não é orgulhoso, não é inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não é rancoroso, não se alegra com a injustiça, se regozija com a verdade, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; pois o amor jamais passará (1Cor 13,4-8). O amor está no tempo, mas não é do tempo; dispensa a parte, para totalizar o espaço; torna real o ausente porque este sempre está presente. Não pode ser virtual porque exige o referencial.
Caros casais, todos temos a capacidade de amar e ser amados. Como buscá-lo se já não o tivéssemos?! Este Dia não pode ser, só e somente só, dia de oferecer bens materiais. Para muitos, pode acontecer de ser mais um ‘instante’ de comprar a outra pessoa. Para celebrar bem este dia todos vós deveis ser fieis um ao outro. Quem ama é fiel; e aqui a conotação é muito mais que um simples comando dos instintos. Quem ama não trai e nem se sente feliz em ser traído. No acompanhamento espiritual dos vários casais, percebi que os muitos cônjuges que têm suas relações matrimoniais perturbadas por causa de crises de ciúmes patológicos, ou viram estas experiências nos casamentos de seus pais ou foram vítimas das traições de seus companheiros. Aqui, há a ressalva que, tanto quanto os homens, as mulheres devem ser fiéis!
Por fim, caros casais, que neste “Dia dos Namorados” façam uma reflexão de como cada um está vivendo a sua vida a dois. Quais valores humanos e cristãos norteiam a vossa vida? O amor verdadeiro de Cristo está vos ajudando a ser verdadeiros amantes e amados? Do mais, parabéns pelo vosso Dia! Assim o seja!
Neste dia tão especial para todos os casais, a proposta continua sendo a da Palavra de Deus. “Quem ama nasceu de Deus e conhece a Deus (1Jo 4,7)”. Deus é a fonte do amor; por isso, quem quer e deseja a consistência do amor, alimenta o amor amante e o amor amado. Se sentimos o desejo do amor é porque a semente já está presente em nós. A possibilidade para a vivência coerente e transcendente do amor acontece quando esta virtude humana se radica naquela que é divina (1Cor 13,13). A pessoa por falta de discernimento confunde a paixão com o amor. Para os casais de namorados esta falta de percepção pode acarretar em sérios problemas de relacionamento no presente e, principalmente, no futuro. Isto porque a paixão é invejosa, impaciente, orgulhosa, ciumenta, inconveniente, interesseira, irascível, rancorosa, injusta, mentirosa, egoísta e luxuriosa; enquanto que o amor é paciente, é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não é orgulhoso, não é inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não é rancoroso, não se alegra com a injustiça, se regozija com a verdade, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; pois o amor jamais passará (1Cor 13,4-8). O amor está no tempo, mas não é do tempo; dispensa a parte, para totalizar o espaço; torna real o ausente porque este sempre está presente. Não pode ser virtual porque exige o referencial.
Caros casais, todos temos a capacidade de amar e ser amados. Como buscá-lo se já não o tivéssemos?! Este Dia não pode ser, só e somente só, dia de oferecer bens materiais. Para muitos, pode acontecer de ser mais um ‘instante’ de comprar a outra pessoa. Para celebrar bem este dia todos vós deveis ser fieis um ao outro. Quem ama é fiel; e aqui a conotação é muito mais que um simples comando dos instintos. Quem ama não trai e nem se sente feliz em ser traído. No acompanhamento espiritual dos vários casais, percebi que os muitos cônjuges que têm suas relações matrimoniais perturbadas por causa de crises de ciúmes patológicos, ou viram estas experiências nos casamentos de seus pais ou foram vítimas das traições de seus companheiros. Aqui, há a ressalva que, tanto quanto os homens, as mulheres devem ser fiéis!
Por fim, caros casais, que neste “Dia dos Namorados” façam uma reflexão de como cada um está vivendo a sua vida a dois. Quais valores humanos e cristãos norteiam a vossa vida? O amor verdadeiro de Cristo está vos ajudando a ser verdadeiros amantes e amados? Do mais, parabéns pelo vosso Dia! Assim o seja!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Onde estão os prefeitos?
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política
A política se realiza nos espaços públicos. O político precisa estar no meio do povo e a serviço do povo. Ele é empregado do povo. Foi eleito para servir ao povo. Precisa ser uma pessoa de índole probata. Antes de tudo, que seja um ser humano honesto; justo; verdadeiro; integro; que seu sim, seja sim! Seu não, seja não! Sóbrio; bem formado; se for cristão, que o seja com testemunho; temente a Deus e não adorador do dinheiro e do poder que persegue e escraviza, direta ou indiretamente, a ele e a seus adjacentes.
O bom político é sempre um bom harmonizador. Desde a antiguidade, ele é o ser humano da cidade. Porque nela estão os habitantes que querem a felicidade e bem, que realizam-se pela justiça. Quem não tem em vista a dimensão ética da política; com certeza, quando eleito para assumir quaisquer tarefas públicas, vai brincar de ser “gestor”. A gestão, no novo paradigma de administração da coisa pública, exige uma articulação institucional bem arquitetada. A microfisica do poder, sobre a qual fala tão bem, o filosofo francês, Michel Foucault, é bem pertinente para uma hermenêutica das relações institucionais do Estado Democrático de Direito. Só o poder limite outro poder, nestas relações estruturais. Infelizmente, ainda, nalgumas cidades tratadas e tidas como blocos feudais, esta possibilidade não acontece como deveria. Isto faz com que, os direitos e deveres dos gestores públicos e representantes dos cidadãos do município, não sejam observados; ou, vice-versa. A culpa, destas situações presentes em todos os recantos do nosso País, não deixa de ser do próprio povo. No art. 1º, parágrafo único, a Carta Magna assevera que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Por conseguinte, este é o que deveria ser exigido pelo próprio povo, no que compete à obrigação dos empregados do povo nas suas atitudes e atos administrativos.
Por isso, que, é inconcebível um prefeito do município que não more na cidade, da qual é o(a) chefe do executivo(a). Não se consegue administrar por telefone. Um gestor sério tem que se interar diariamente dos problemas existentes na comunidade. Quando as informações vêm por terceiros, normalmente chegam de modo tendencioso e deturpado; atrapalhando, desta forma, a seriedade das decisões administrativas. Sendo assim, os prefeitos tomem consciência e assumam as responsabilidades de morarem e sentirem, com dignidade, as alegrias e as angústias dos habitantes da cidade com a qual eles ou elas selaram um compromisso. O pior é quando se percebe nitidamente que não há amor pela cidade da qual se é servidor público. “Quem não ama, não cuida!”. A primeira coisa que eles e seus familiares botam na mente é que, naquela circunstancia, não possível viver. Disto, pode-se inferir que ser prefeito destas cidades é uma “brincadeira de criança”. Vaidade das vaidades. Nem sempre quem tem o dinheiro, tem o poder. O poder na Posmodernidade, principalmente devido aos meios de comunicação, toma uma forma anímica e corrente em todos os tempos e lugares.
A Constituição Federal tipifica o que compete aos Municípios na realização da administração direta deste ente federativo (CF. Art. 30, inc. I-IX). Os prefeitos podem argumentar que não averbera-se sobre o local onde eles devem morar. Contudo, faz muito mal a uma comunidade, um prefeito que não acolhe o seu mister de ser humano que escolheu dedicar-se ao serviço dos bens públicos que, por sua vez, pertencem aos cidadãos. Caros prefeitos, tratem bem o querido Povo de Deus! Não maltratem este Povo. A justiça nunca falha, nunca... quem está contra o povo, não está com Deus. Assim o seja!
O bom político é sempre um bom harmonizador. Desde a antiguidade, ele é o ser humano da cidade. Porque nela estão os habitantes que querem a felicidade e bem, que realizam-se pela justiça. Quem não tem em vista a dimensão ética da política; com certeza, quando eleito para assumir quaisquer tarefas públicas, vai brincar de ser “gestor”. A gestão, no novo paradigma de administração da coisa pública, exige uma articulação institucional bem arquitetada. A microfisica do poder, sobre a qual fala tão bem, o filosofo francês, Michel Foucault, é bem pertinente para uma hermenêutica das relações institucionais do Estado Democrático de Direito. Só o poder limite outro poder, nestas relações estruturais. Infelizmente, ainda, nalgumas cidades tratadas e tidas como blocos feudais, esta possibilidade não acontece como deveria. Isto faz com que, os direitos e deveres dos gestores públicos e representantes dos cidadãos do município, não sejam observados; ou, vice-versa. A culpa, destas situações presentes em todos os recantos do nosso País, não deixa de ser do próprio povo. No art. 1º, parágrafo único, a Carta Magna assevera que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Por conseguinte, este é o que deveria ser exigido pelo próprio povo, no que compete à obrigação dos empregados do povo nas suas atitudes e atos administrativos.
Por isso, que, é inconcebível um prefeito do município que não more na cidade, da qual é o(a) chefe do executivo(a). Não se consegue administrar por telefone. Um gestor sério tem que se interar diariamente dos problemas existentes na comunidade. Quando as informações vêm por terceiros, normalmente chegam de modo tendencioso e deturpado; atrapalhando, desta forma, a seriedade das decisões administrativas. Sendo assim, os prefeitos tomem consciência e assumam as responsabilidades de morarem e sentirem, com dignidade, as alegrias e as angústias dos habitantes da cidade com a qual eles ou elas selaram um compromisso. O pior é quando se percebe nitidamente que não há amor pela cidade da qual se é servidor público. “Quem não ama, não cuida!”. A primeira coisa que eles e seus familiares botam na mente é que, naquela circunstancia, não possível viver. Disto, pode-se inferir que ser prefeito destas cidades é uma “brincadeira de criança”. Vaidade das vaidades. Nem sempre quem tem o dinheiro, tem o poder. O poder na Posmodernidade, principalmente devido aos meios de comunicação, toma uma forma anímica e corrente em todos os tempos e lugares.
A Constituição Federal tipifica o que compete aos Municípios na realização da administração direta deste ente federativo (CF. Art. 30, inc. I-IX). Os prefeitos podem argumentar que não averbera-se sobre o local onde eles devem morar. Contudo, faz muito mal a uma comunidade, um prefeito que não acolhe o seu mister de ser humano que escolheu dedicar-se ao serviço dos bens públicos que, por sua vez, pertencem aos cidadãos. Caros prefeitos, tratem bem o querido Povo de Deus! Não maltratem este Povo. A justiça nunca falha, nunca... quem está contra o povo, não está com Deus. Assim o seja!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
As festas dos padroeiros: Um Bem Eclesiástico
As festividades dos santos: Antonio, João e Pedro se aproximam. Estas são comumente conhecidas por festas juninas, por se acontecerem no mês de Junho. Sem dispensar a História, há que ser reconhecido que todas elas surgem ao interno das tradições e manifestações da piedade e da motivação dos cristãos católicos e a condução da mesma Igreja de Cristo. Nas várias comunidades, em continuidade com aquele processo historicamente veiculado, preparam-se momentos de entretenimento e manifestações públicas da religiosamente popular e congraçamento das muitas comunidades. Vale lembrar que, em todas as outras comemorações e festividades similares, ou seja, em outros períodos e outros padroeiros, a Igreja deve ter total responsabilidade de gerenciamento.
O acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil, que sintetiza a tipificação jurídica concernente à relação institucional entre a Santa Sé e Estado Brasileiro, no artigo 7º, assevera que “a República Federativa do Brasil assegura, nos termos do seu ordenamento jurídico, as medidas necessárias para garantir a proteção dos lugares de culto da Igreja Católica e de suas liturgias, símbolos, imagens e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”. Aqui se encontra a garantia dada pelo próprio Estado da condição de agente administrador “Bem Eclesiástico”, que são as festas dos padroeiros vinculadas canonicamente às Dioceses e, conseqüentemente, às Paróquias como sujeito de direitos e deveres reconhecidas pelo mesmo Estado Democrático de Direito. Tudo que está ordenado no referido acordo está contido no ordenamento jurídico do País.
Nas nossas comunidades formou-se uma mentalidade, por parte da grande maioria dos gestores públicos, que as festas dos padroeiros podem ser realizadas sem a devida participação da Igreja. Vale ressaltar e lembrar a todas as outras instituições que podem e devem entrar como parceiras da Igreja nestes eventos; porém, sem atrofiar o intento próprio do momento como “tempo forte de evangelização e confraternização da comunidade”. A Igreja tem o direito-dever de poder gerenciar estas festividades tendo em vista as suas finalidades. O próprio acordo afirma que “as altas Partes Contratantes são, cada uma na própria ordem, autônomas, independentes e soberanas e cooperam para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna”.
Infelizmente, o modo como tudo isto está sendo feito é ilegítimo. Nós esperamos que haja respeito e parceria nas festas dos padroeiros entre os entes federativos, que são os municípios, através dos gestores, e as várias paróquias, mediante seus párocos. Antes de qualquer festa avulsa realizada nas ruas das várias cidades e comunidades católicas ou não do nosso País, existe a liturgia cristã milenar e todos os outros modos de apresentações culturais que o próprio município tem a obrigação de salvaguardar. Na maioria das situações são proporcionadas festas nas quais se gasta muito mais do que se se incentivasse a digna alegria da comunidade, como a Igreja Católica assim o deseja. Muitos são os interesses políticos que, de fato, não promovem politicamente a ninguém, nem muito menos as pessoas; pois o que trás para as cidades é a prostituição, as drogas, os roubos e a violência. É ou não é?
Por fim, uma palavra dirigida a todos os cristãos: “tenhamos mais consciência da nossa dignidade”! Muitos de nós queremos viver de pão e circo. É triste constatar este fenômeno; mas é a mais pura verdade. Desta forma, as comunidades e, por antonomásia, a nossa sociedade continuará sendo presa fácil de pessoas que não têm compromisso com a verdade e a justiça. E ratifico que, o que digo, vale para todos. Assim o seja!
O acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil, que sintetiza a tipificação jurídica concernente à relação institucional entre a Santa Sé e Estado Brasileiro, no artigo 7º, assevera que “a República Federativa do Brasil assegura, nos termos do seu ordenamento jurídico, as medidas necessárias para garantir a proteção dos lugares de culto da Igreja Católica e de suas liturgias, símbolos, imagens e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”. Aqui se encontra a garantia dada pelo próprio Estado da condição de agente administrador “Bem Eclesiástico”, que são as festas dos padroeiros vinculadas canonicamente às Dioceses e, conseqüentemente, às Paróquias como sujeito de direitos e deveres reconhecidas pelo mesmo Estado Democrático de Direito. Tudo que está ordenado no referido acordo está contido no ordenamento jurídico do País.
Nas nossas comunidades formou-se uma mentalidade, por parte da grande maioria dos gestores públicos, que as festas dos padroeiros podem ser realizadas sem a devida participação da Igreja. Vale ressaltar e lembrar a todas as outras instituições que podem e devem entrar como parceiras da Igreja nestes eventos; porém, sem atrofiar o intento próprio do momento como “tempo forte de evangelização e confraternização da comunidade”. A Igreja tem o direito-dever de poder gerenciar estas festividades tendo em vista as suas finalidades. O próprio acordo afirma que “as altas Partes Contratantes são, cada uma na própria ordem, autônomas, independentes e soberanas e cooperam para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna”.
Infelizmente, o modo como tudo isto está sendo feito é ilegítimo. Nós esperamos que haja respeito e parceria nas festas dos padroeiros entre os entes federativos, que são os municípios, através dos gestores, e as várias paróquias, mediante seus párocos. Antes de qualquer festa avulsa realizada nas ruas das várias cidades e comunidades católicas ou não do nosso País, existe a liturgia cristã milenar e todos os outros modos de apresentações culturais que o próprio município tem a obrigação de salvaguardar. Na maioria das situações são proporcionadas festas nas quais se gasta muito mais do que se se incentivasse a digna alegria da comunidade, como a Igreja Católica assim o deseja. Muitos são os interesses políticos que, de fato, não promovem politicamente a ninguém, nem muito menos as pessoas; pois o que trás para as cidades é a prostituição, as drogas, os roubos e a violência. É ou não é?
Por fim, uma palavra dirigida a todos os cristãos: “tenhamos mais consciência da nossa dignidade”! Muitos de nós queremos viver de pão e circo. É triste constatar este fenômeno; mas é a mais pura verdade. Desta forma, as comunidades e, por antonomásia, a nossa sociedade continuará sendo presa fácil de pessoas que não têm compromisso com a verdade e a justiça. E ratifico que, o que digo, vale para todos. Assim o seja!
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